Qual é a tua coragem?
- acoletivateia
- 19 de mai. de 2021
- 2 min de leitura

Transcender limites, me sentir segura e dar passos.
Um frio se instala no meu estômago, mas é necessário seguir, é necessário digerir.
Nas mãos uma pequena luminária que alcança apenas o próximo passo a ser dado.
Eu não sei exatamente o que está lá adiante, mas é necessário confiar no universo.
Conto com a sabedoria dos Deuses, com o amor dos Mestres, com a proteção dos espíritos de luz que me acompanham. Ao meu lado alguns viajantes, caminhantes que também iluminam um pouco meus e eu os seus passos.
Iluminamo-nos, estamos aqui para isso. Trocas equilibradas, reais. Sem vazios, sem dependências.
A incerteza trás uma ansiedade inexplicável, mas existem certezas, sei que, depois de tudo isso, não serei a mesma. Já não sou.
Existe uma transformação coletiva, mas também individual, existe essa transição de mundo.
Dentro da minha cabeça crio esquemas complexos. Vejo tudo, mas não é tudo que me cabe. Eu não caibo em tudo. Então penso, penso, penso… Qual a melhor escolha? Vejo tudo, mas não é por isso que não devo escolher. Nem tudo é pra mim. Nem tudo é sobre mim. Então, o que é realmente essencial nessa mala? O que é meu?
Assim retorno. Pergunto e retorno. Lanço e retorno. A resposta não está fora, ela está e sempre esteve aqui, sempre aqui. Eu jogo a bolinha para o universo, mas ele retorna com a mesma pergunta. É semente. É essência. É o essencial. A chama que tudo flui e impulsiona, a fonte da vida.
Estou reflorestando para que vire mar. De repente me vejo. Sou a fonte que falta na paisagem. A cachoeira nasce em mim. Sou eu que fluo todos os dias. Essas águas em meus olhos hoje estão abrindo caminho para eu correr livre amanhã. Me embrenho, me enleio, me derramo.
Descubro afinal que, em meio a tudo isso, não me ouvi. Agora sei, já sei pra onde eu estou indo.
Você não está perdida, você já sabe o que não quer mais.
Prí Galvão
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