
A COLETIVA TEIA

Criada entre a roça e a cidade, começou a escrever com dois anos de idade.
O que essa criança escrevia? Copiava tudo o que via!
Falando desde os 9 meses, sentia a necessidade de se comunicar.
Queria dizer algo ao mundo, aprender... se expressar.
Não veio de família letrada, mas os versos de seu avô caipira observava.
Tantos causos recolhidos, tanta vida entre a labuta e a estrada.
Quando aprendeu de fato escrever, foram duas páginas de texto sem parar.
Era 6 anos a idade, palavrasemendadasquaselhefaltouoar.
Nasceu "a Coelhinha e a Mamãecoelha"
Escrevia, escrevia ninguém guardava nada. O que quer uma menina-criança com palavras?
Então ganhou uma bolsa e se tornou bailarina, escondendo seus versos e suas rimas.
"Mas artista não é profissão!" diziam as pessoas velhas e cansadas.
"Acho que você tem razão", formou-se jornalista para ser menos podada.
Porém, ninguém luta contra a essência, hoje é arteira,
quer deixar ir ao mundo seus poemas guardados, sacudir a poeira.
Assim digo SOU ARTISTA!
Cantora, atriz, palhaça, escrevedeira e jornalista.
Minha mãe, guerreira, me criou sozinha. Maior inspiração!
Foi a primeira da família a conseguir formação.
Mestranda em Estudos Culturais pela USP, sigo aprendendo. Especialista em comunicação digital, cultura e política, estudando e vivendo.